Mel: o perigo escondido para os oradores


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Oradores, o vosso principal instrumento, a par das vossas ideias, é a voz!

Por isso, uma das tarefas mais importantes é preservar a saúde vocal e evitar todo o tipo de alimentos que possam pôr em causa a vossa comunicação.

O mel é um alimento líquido e espesso  produzido pelas abelhas a partir do néctar das flores. É um ingrediente muito presente na gastronomia mundial: possui um elevado teor energético, é rico em vitaminas, minerais e aminoácidos, além de ser um poderoso adoçante e ser reconhecido como possuindo propriedades terapêuticas.

Ele é frequentemente aconselhado a oradores profissionais ingerido juntamente com um chá de limão tendo em vista a hidratação das cordas vocais. Além disso, a bebida quente provoca uma sensação de bem-estar na garganta acalmando a possível irritação que sempre advém de uma jornada intensa de oratória.

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Chá com limão e mel é útil porque a acidez do limão contribui para soltar o muco - chamado fleuma ou pigarro - do sistema respiratório, enquanto o mel reveste a garganta com uma camada espessa que protege as paredes da faringe e da laringe. O mel adoça o chá que irá ajudar a reparar as irritações e as pequenas inflamações das cordas vocais.

Ingerir mel é um bom conselho...
Quando utilizado após o exercício de comunicação! Ingerir mel é aconselhável apenas depois do discurso!

O mel esconde um perigo para os oradores.
Quando ingerido imediatamente antes da proferição discurso, ele irá atrapalhar e não ajudar a um bom desempenho vocal.
A explicação é simples: o mel é um liquido pastoso e muito espesso. Dadas estas características, o mel contribui para a formação do muco nas paredes da laringe dando origem a um comportamento muito presente nalgumas pessoas: pigarrear. 

O pigarro ou muco consiste na irritação na garganta e causa uma impressão desagradável na garganta obrigando a pessoa a tentar "limpar a garganta".

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Alguns oradores tossem com força para se livrarem do pigarro (muco) limpando as paredes da laringe. Mas ao fazê-lo com insistência  e sem especial prudência, estão a contribuir para potencialmente danificar as cordas vocais. 

O mel pode contribuir para aumentar as dificuldades de oratória nos seguintes aspectos:


  1. Atrapalhando o bom funcionamento do aparelho fonador (em especial, a laringe)


  2. Impedindo uma boa e correcta dicção


  3. Obstruindo o som das cordas vocais aumentando, assim, maiores dificuldades em atingir o volume de voz adequado ao auditório.


  4. O incómodo persistente e a concomitante necessidade de pigarrear pode distrair o orador das suas ideias.


  5. O constante "limpar da garganta" dispersa o auditório do essencial do orador: a sua argumentação. Além disso, o som de pigarrear é tido, pela generalidade das pessoas, como desagradável.


Assim, ao facilitar a produção de muco, o mel é um perigo para os oradores.
Deve, por este motivo, ser evitado imediatamente antes ou durante o exercício oratório.

Em síntese, o mel é um excelente alimento do ponto de vista nutricional. Do ponto de vista terapêutico é até muito útil aos oradores após a sua comunicação.

Porém, dada a propensão para criar muco, deve ser evitado antes ou durante comunicações muito longas, sob pena de prejudicar o funcionamento do aparelho fonador e, por conseguinte, da voz. Em última análise, é a transmissão das vossas ideias que fica pouca posta em causa.





Retoricamente, Bons Discursos!

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