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A mostrar mensagens de fevereiro, 2018

Grandes Discursos: Emmeline Pankhurst "Freedom or Death"

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Tradicionalmente, a Retórica não é associada a mulheres. Quando pensamos em grandes oradores, a tendência é indicar um homem, como Hortênsio Hórtalo ou Cícero e não uma mulher. Mas, desde a Grécia Antiga, temos referência de grandes oradores que eram justamente mulheres. Uma das mais antigas mulheres associadas à retórica é, por exemplo, Aspasia (410 A.C). Também o séc. XX é rico em mulheres cuja "retórica" incendiou o mundo e, em última análise, o mudaram para sempre. Trago-vos, desta vez, o famoso discurso intitulado " Liberdade ou Morte ", proferido, em 1913, por Emmeline Pankhurst, em Hartford, Connecticut. Emmeline Pankhurst (1858-1928) foi uma activista política, líder do movimento sufragista britânico que reclamava o direito das mulheres a votar. Em 1999, a revista Time colocava Pankhurst como uma das 100 pessoas mais importantes do séc. XX. No filme de 2015, Sufragette, Emmeline Pankhurst é interpretada por Merryl Streep. Nascida em Moss Si

Mel: o perigo escondido para os oradores

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Oradores, o vosso principal instrumento, a par das vossas ideias, é a voz! Por isso, uma das tarefas mais importantes é preservar a saúde vocal e evitar todo o tipo de alimentos que possam pôr em causa a vossa comunicação. O mel é um alimento líquido e espesso  produzido pelas abelhas a partir do néctar das flores. É um ingrediente muito presente na gastronomia mundial: possui um elevado teor energético, é rico em vitaminas, minerais e aminoácidos, além de ser um poderoso adoçante e ser reconhecido como possuindo propriedades terapêuticas. Ele é frequentemente aconselhado a oradores profissionais ingerido juntamente com um chá de limão tendo em vista a hidratação das cordas vocais. Além disso, a bebida quente provoca uma sensação de bem-estar na garganta acalmando a possível irritação que sempre advém de uma jornada intensa de oratória. Chá com limão e mel é útil porque a acidez do limão contribui para soltar o muco - chamado fleuma ou pigarro - do sistema resp

Como Arruinar um Discurso em 2 Passos Simples

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A Acção Retórica corresponde à proferição do discurso e inclui muitos aspectos ligados à forma como o orador comunica a sua mensagem: o à-vontade demonstrado, o volume e tom da sua voz, a sua expressão facial ou inclusive o modo como enuncia as ideias do discurso. Deste ponto de vista, está relacionada com a Elocução Retórica que diz respeito à expressão oral  e à linguagem do discurso. Muitos oradores não descuidam a preparação da sua Enunciação e Acção e usam insistentemente bengalas linguísticas como " Ahhh ", " Uhmmm ", " Portantos ", " Tipo ", etc. Ora estas bengalas são parasitas da comunicação. Estão a mais. Não contribuem para comunicar de forma eficaz. O uso dessas expressões é uma maneira muito rápida não apenas de colocar dificuldades na compreensão por parte do Auditório, como uma maneira de arruinar o seu discurso. As bengalas linguísticas são o primeiro passo para o auditório deixar de prestar atenção. O segundo

Mito: os melhores Discursos são aqueles que são memorizados

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Um bom discurso é aquele que o orador conhece perfeitamente. Mas como fazer para dominar o discurso? Um dos mais importantes cânones da retórica é precisamente a Memória. Por isso, um dos mitos mais conhecidos afirma que só um discurso memorizado de uma ponta à outra pode ser um bom discurso.  Assim, os melhores oradores seriam aqueles que recitavam, sem qualquer hesitação, palavra a palavra o seu discurso. Mas será mesmo assim? Nem sempre. Na verdade, não precisamos necessariamente de memorizar integralmente um discurso . E nem sequer aconselho que o faça se não tiver já muita experiência de oratória. Porquê? Um dos maiores riscos de uma memorização simples e intensiva é o orador parecer um "boneco" a recitar apenas um texto que não lhe pertence.  A memória é central na retórica! Mas isso não quer dizer que o orador tenha obrigatoriamente de rememorar um conjunto de parágrafos de forma mecânica, robótica ou desapaixonada. Em contraste, a boa ora